sábado, 14 de abril de 2012

Crianças com Autismo.


Eles são crianças e jovens iguais a muitos outros. Vão à escola todos os dias, estudam, brincam, trabalham. Só que eles têm um jeito particular de ver o mundo e a si mesmos. São autistas. As diferenças, às vezes sutis, motivam o preconceito. 


Somos todos autistas, a gradação está nos rótulos
Quando me recuso a ter um autista em minha classe, em minha escola, alegando não estar preparado para isso, estou sendo resistente à mudança de rotina.
Quando digo a meu aluno que responda a minha pergunta como quero e no tempo que determino, estou sendo agressivo.
Quando espero que outra pessoa de minha equipe de trabalho faça uma tarefa que pode ser feita por mim, estou a usando como ferramenta.
Quando, numa conversa, me desligo, "viajo", estou olhando em foco desviante, estou tendo audição seletiva.
Quando preciso desenvolver qualquer atividade da qual não sei exatamente o que esperam ou como fazer, posso me mostrar inquieto, ansioso e até hiperativo.
Quando fico sacudindo meu pé, enrolando meu cabelo com o dedo, mordendo a caneta ou coisa parecida, estou tendo movimentos estereotipados.
Quando me recuso a participar de eventos, a dividir minhas experiências, a compartilhar conhecimentos, estou tendo atitudes isoladas e distantes.
Quando nos momentos de raiva e frustração, soco o travesseiro, jogo objetos na parede ou quebro meus bibelôs, estou sendo agressivo e destrutivo.
Quando atravesso a rua fora da faixa de pedestres, me excedo em comidas e bebidas, corro atrás de ladrões, estou demonstrando não ter medo de perigos reais.
Quando evito abraçar conhecidos, apertar a mão de desconhecidos, acariciar pessoas queridas, estou tendo comportamento indiferente.

Quando dirijo com os vidros fechados e canto alto, exibo meus tiques nervosos, rio ao ver alguém cair, estou tendo risos e movimentos não apropriados.
Somos todos autistas. Uns mais, outros menos. O que difere é que em uns (os não rotulados), sobram malícia, jogo de cintura, hipocrisias e em outros (os rotulados) sobram autenticidade, ingenuidade e vontade de permanecer assim.


O que é?
O autismo é uma doença genética ou multifatorial que acompanha uma pessoa por sua vida inteira. Essa condição afeta as funções do cérebro. Acredita-se que em indivíduos com autismo há uma falha na comunicação dos neurônios, que acaba causando disturbios no comportamento.
Os primeiros sinais costumam aparecer antes da criança completar três anos.

Caracteristicas dos sintomas do autismo

  • Tem interação social difícil.
  • Tem problemas com a comunicação verbal e não verbal.
  • Demonstra comportamentos restritivos e repetitivos.
  • Tenha um conjunto limitado de interesses e atividades.
O autismo afeta meninos e meninas (mais frequente em meninos) de todas as raças e em todas as regiões geográficas e tem um grande impacto sobre as crianças, suas famílias, comunidades e sociedades. O número de autistas cresce cada vez mais. Estima-se que no Brasil chega a 2 milhões de pessoas autistas e no mundo, segundo a ONU, já passa dos 70 milhões.




Crianças com Síndrome de Down


"Toda ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil - e,
no entanto, é a coisa mais preciosa que temos". 
        (Albert Einstein, 1879-1955)


Atualmente, o processo de inclusão tornou-se indispensável à vida escolar. É ele que concilia, orienta, auxilia professores, pais e alunos, interagindo de forma responsável com eles e contribuindo no processo de ensino-aprendizagem.
A educação inclusiva proporciona benefícios escolares onde todos os alunos possam alcançar os mais elevados níveis de ensino, segundo a capacidade de cada um, como nos garante a Constituição.
Desta forma, elevar as possibilidades e respeitar as limitações de crianças e jovens portadores de alguma necessidade especial evidencia verdadeiramente o significado de uma educação inclusiva.
Ter um amiguinho Down, é valorizar as infinitas diferenças que existem entre os seres humanos. 
A síndrome de down é decorrente de um erro genético presente desde o momento da concepção ou imediatamente após (...)"
     No entanto, como descreve Schwartzman (1999), sabemos atualmente que a síndrome se trata de uma alteração genética e que os portadores da síndrome, embora apresentem algumas dificuldades podem ter uma vida normal e realizar atividades diárias da mesma forma que qualquer outra pessoa. Não negamos a afirmação de que o Down apresenta algumas limitações e até mesmo precise de condições especiais para aprendizagem, mais enfatizamos, que estes através de estimulações adequadas podem se desenvolver:   
  As dificuldades de aprendizagem, os distúrbios de conduta, a problemática de sua interação completam, mas não esgotam o quadro da educação do aluno com síndrome de Down. 
 A criança com síndrome de Down têm idade cronológica diferente de idade funcional, desta forma, não devemos esperar uma resposta idêntica à resposta da "normais", que não apresentam alterações de aprendizagem. Esta deficiência decorre de lesões cerebrais e desajustes funcionais do sistema nervoso.
     O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idêntica condição genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente.No entanto, a criança com síndrome de Down têm possibilidades de se desenvolver e executar atividades diárias e ate mesmo adquirir formação profissional e no enfoque evolutivo, a linguagem e as atividades como leitura e escrita podem ser desenvolvidas a partir das experiências da própria criança.